O Instituto Politécnico do Porto acolheu o II Encontro da Qualidade do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), uma organização da Subcomissão para a Avaliação e Qualidade da instituição. Promover a reflexão e o debate sobre a implementação de boas práticas de qualidade no Ensino Superior e definir os indicadores comuns para avaliação das instituições de ensino são temas nos quais a entidade tem desenvolvido trabalho relevante e o encontro serviu para reforçar a partilha de ideias e redefinir ou reforçar estratégias.
Coube a Rodrigo Lourenço, docente do Politécnico de Setúbal fazer a síntese dos trabalhos. A premência do estabelecimento de uma perspetiva integrada e articulada entre a qualidade e a estratégia das Instituições foi uma das conclusões do encontro, que identificou, ainda, “a necessidade das instituições olharem de forma estratégica e sustentável para a inteligência artificial e definir a melhor forma de incorporar esta ferramenta não apenas no trabalho dos estudantes e professores, mas também no funcionamento diário da instituição”, revela Rodrigo Lourenço. Integração, certificação e monitorização foram identificadas como linhas-mestras de ação, em que o envolvimento das pessoas é crucial para a criação de uma verdadeira cultura de qualidade, capaz de cuidar da vida de cada um e ao mesmo tempo reconhecer o seu mérito”.
No discurso de abertura dos trabalhos, a presidente da subcomissão, Ângela Lemos, asseverou que “o ensino politécnico continua a ser um exemplo de compromisso e de rigor, centrado em valores humanistas”, e acrescentou que, “com as práticas que adotamos, demonstramos que é possível unir rigor e relevância, exigência e proximidade, inovação e compromisso social”.
Internacionalização e acreditação estiveram em destaque
A Subcomissão para a Avaliação e Qualidade do CCISP esteve também reunida com a Agência Nacional Erasmus e com a A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, para abordar a internacionalização, os programas internacionais em associação, a garantia da qualidade e os desafios e oportunidades para as instituições de ensino superior.
“A internacionalização do ensino superior é hoje um vetor essencial de qualidade, inovação e competitividade no espaço europeu e global. E num contexto marcado pela mobilidade do conhecimento, as instituições de ensino superior (IES) são chamadas a desempenhar um papel ativo na formação de cidadãos globais, na promoção da diversidade cultural e na consolidação de redes internacionais de ensino, investigação e inovação”, enfatiza o CCISP. O ensejo permitiu sublinhar o papel estruturante dos programas de financiamento da Agência Erasmus+, de que são exemplo os Erasmus Mundus Joint Master Degrees (EMJMD)e as European Universities Alliances, que visam construir um verdadeiro Espaço Europeu de Educação, promotores da mobilidade integrada, do co-desenvolvimento de programas e da partilha de infraestruturas e recursos académicos. Outro tema em destaque e debatido com a A3ES foi o papel das agências nacionais de avaliação no campo da acreditação de cursos e a necessidade de assegurar que todos os ciclos de estudos, incluindo os graus conjuntos internacionais, cumprem todos os critérios de qualidade definidos ao nível europeu e nacional em três diferentes áreas: garantia de qualidade e acreditação; reconhecimento mútuo e cooperação internacional e alinhamento estratégico.