Politécnicos preparam-se para regresso faseado às atividades presenciais
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O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) está a delinear um plano de regresso às atividades presenciais, no seguimento das recomendações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que será gradual envolvendo, nomeadamente, atividades letivas, de investigação e de serviços I&D que não dispensem a realização de atividades presenciais, e de provas de avaliação que, de outra forma, não são exequíveis.
O CCISP acrescenta que os Politécnicos e as Escolas Politécnicas não integradas nunca pararam as suas atividades letivas, passando-as para a distância, e que demonstraram a importância de colocar o conhecimento ao serviço da sociedade, trabalhando na produção de equipamentos de proteção individual, desenvolvimento de ventiladores, produção de álcool-gel e realização de ensaios de diagnóstico COVID-19, bem como apoio voluntários a muitas instituições.
Após uma reunião com o ministro da tutela, Manuel Heitor, decorrida ontem, o CCISP reitera a centralidade das atividades presenciais no ensino superior, quer pela natureza específica de muitas atividades práticas e laboratoriais, como ainda, pela relevância da relação pedagógica estudante/docente no processo de ensino e aprendizagem. “Uma vez garantido o superior interesse de saúde e segurança dos estudantes, docentes, investigadores e corpo técnico das instituições, deverão as instituições, enquanto centros de Saber e Ciência, liderar a retoma das atividades presenciais e delinear os seus planos detalhados de reativação das mesmas, que deverá ocorrer de modo faseado e em articulação com as autoridades da saúde”, defende Pedro Dominguinhos, presidente do CCISP.
Às instituições de Ensino Superior (IES) pertencentes ao CCISP é recomendada a equidade nas soluções encontradas, quer para aos estudantes como para docentes, investigadores e corpo técnico, seja nas condições de acesso ao ensino a distância ou motivado pela origem geográfica dos estudantes. Devem também ser garantidas as condições de distanciamento social, higienização dos espaços e disponibilização de equipamentos de proteção individual a todos os atores da comunidade académica.
O regresso às atividades presenciais privilegia as atividades dos finalistas, prático-laboratoriais e as avaliações que sejam indispensáveis para conclusão dos cursos ou unidades curriculares. Contudo, o ensino a distância continuará a ser a norma até ao final do semestre letivo, em todas as restantes atividades, incluindo avaliações em que seja possível a sua concretização.
O Conselho Coordenador considera que a resposta dada pelo Ensino Superior ao atual momento de pandemia foi determinante para a contenção da COVID-19 e um teste claro à elasticidade, resiliência e capacidade de adaptação das IES, sendo agora o momento oportuno para se ponderar a abertura das atividades presenciais, de modo faseado e sempre respeitando a segurança e saúde dos estudantes, docentes, investigadores e corpo técnico das instituições, em estreita articulação com as autoridades de saúde.
“Tratou-se de um momento de afirmação do Ensino Superior, em particular das instituições de Ensino Superior Politécnico, que nunca pararam as suas atividades letivas e científicas para responder aos desafios que surgiram, colocando-se na linha da frente para apoiar as suas comunidades académicas e, simultaneamente, as regiões onde as instituições estão inseridas”, afirma Pedro Dominguinhos.
Para ultrapassar estes desafios, as IES criaram novos modelos de trabalho, adaptaram os métodos existentes e a oferta formativa presencial a um formato de ensino a distância. Em termos globais, constata-se que o processo de digitalização do Ensino Superior foi um sucesso evidente e demonstrou a importância do ensino a distância, bem como a relevância da integração das ferramentas e sistemas digitais na ministração dos ciclos de estudos.